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A ansiedade do início da vida profissional.

  • Foto do escritor: Jonatas Oliveira
    Jonatas Oliveira
  • 16 de jun.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 21 de jul.


Bússola

Sobre o que é este post:

Lidando com as expectativas, sentimentos e emoções enquanto se constrói uma carreira de sucesso.


Tornar-se um profissional não é apenas obter um diploma ou conquistar um cargo. É, antes de tudo, um processo contínuo de lapidação interior. Requer presença, escuta atenta da realidade e uma prática diária que envolve compromisso e abertura.


Esse percurso exige algo essencial, mas muitas vezes negligenciado: tolerância à angústia. Porque cada obstáculo no caminho profissional traz consigo um desconforto. E a grande tarefa está em aceitar essa inquietação como parte do processo, sem apressar etapas nem congelar expectativas.


As ansiedades que surgem nesse caminho não são vilãs.


Respirar

Pelo contrário! Quando bem manejadas, são férteis. Alimentam um interior mais robusto, criativo e apto a se desenvolver em diversas direções. Afinal, raramente alguém começa a vida sabendo exatamente quais são seus talentos. É na caminhada, no fazer cotidiano, que dons adormecidos se revelam.


E quase sempre, uma competência desperta outra como peças que se encaixam ao longo do tempo. A ansiedade nesse momento inicial da carreira se mostra como preparação natural para enfrentar desafios e ajudar naquele momento em que temos de avançar.


Sucesso versus frustração


Janela aberta

Ir atrás de um sonho, quando mal planejado, pode se transformar em pesadelo. Idealizar um caminho que não considera seu perfil, suas limitações, suas necessidades reais e o momento de vida pode ser fonte de frustração.


Muitos se lançam em cursos, especializações e certificações apenas para preencher lacunas internas. Fazem isso sem refletir sobre o que realmente está na raiz dessa busca.


Poucas pessoas nascem com clareza vocacional. A maioria se descobre fazendo. Tenta, testa, erra e acerta. Aprofunda-se onde há alegria e sentido. E nesse movimento, percebe que vocação não é um ponto fixo, mas um terreno vivo e fértil que se cultiva com tempo e atenção.


Hoje, vivemos sob uma pressão silenciosa para transformar a vida em desempenho: ser bem-sucedido, reconhecido, produtivo, intelectual e próspero. Mas é fundamental lembrar: o significado do viver transcende o trabalho. A vida é mais do que títulos, conquistas e cifras. Ela é feita de sentido, vínculos, tempo interior e aquilo que sustenta quem você é quando o mundo lá fora desmorona.


Nesse sentido, ter sucesso não se relaciona com o quanto se lucra ou se conquista em termos de status. Na verdade, o sucesso real deve ser medido pelo bem-estar e a qualidade de vida, que são valores relativos para cada um.


Incertezas fazem parte do processo


Processo

A vida testará seus projetos, ideias, certezas. Você será, muitas vezes, destruído e reconstruído. O que fará diferença é saber do que é feito o seu centro e onde repousa sua essência.


Aquele friozinho na barriga sempre estará por perto quando você decidir encarar novos (ou antigos) desafios. Ele se chama ansiedade também, mas não serve para paralisar você. Se em algum momento os sentimentos "ruins" vierem com o objetivo de paralisar, você perceberá e poderá contar com ajuda profissional. Ter isso em mente já deixa tudo um pouco mais leve.


As dúvidas e curiosidades também não precisam se aliar ao medo na criação de cenários apavorantes. Você sempre pode recorrer ao autoconhecimento, se redescobrir, se validar e se acolher.


Porque, no fim das contas, ter uma boa vida profissional não exige exatamente sucesso ou prosperidade material. Exige conexão com o que se faz, sentido no que se constrói, e integridade com quem se é.


Estamos todos em desenvolvimento. Vamos juntos?


Contribuição de Jonatas Oliveira para este espaço.


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