Entenda o TDAH de Perto!
- Jonatas Oliveira
- 21 de jul.
- 3 min de leitura

Sobre o que é este post:
Você já ouviu falar em TDAH, o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade?
Muita gente pensa que é só uma pessoa agitada ou que não consegue prestar atenção. Mas não é bem assim! O TDAH é uma condição do cérebro que faz com que a pessoa tenha bastante dificuldade em manter o foco e/ou seja bem agitada e impulsiva. E isso atrapalha de verdade a vida dela, seja nos estudos, no trabalho ou com os amigos.
Para saber se alguém tem TDAH, os médicos, psicólogos e profissionais de saúde usam um "guia" chamado DSM-5, que tem umas regrinhas bem claras. Vamos falar sobre elas agora!

Os sintomas que duram
Para o diagnóstico, a pessoa precisa apresentar alguns sintomas por pelo menos seis meses, e eles têm que ser mais intensos do que o esperado para a idade dela, causando problemas no dia a dia. Esses sintomas se dividem em duas áreas: Desatenção e Hiperatividade & Impulsividade.
Desatenção
Aqui, a pessoa precisa ter seis ou mais desses sintomas (ou cinco, se for adolescente mais velho ou adulto, a partir dos 17 anos):
Vive perdendo o foco em tarefas ou conversas.
Comete erros por puro descuido.
Tem dificuldade para ouvir, seguir instruções ou terminar o que começa.
É bem desorganizada.
Foge de tarefas que exigem muito esforço mental.
Perde objetos com frequência.
Se distrai facilmente com qualquer coisa ou com os próprios pensamentos.
Esquece de compromissos e coisas do dia a dia.
Hiperatividade e Impulsividade
Também são necessários seis ou mais sintomas (ou cinco para maiores de 17 anos):
Não para quieto, mexe as mãos ou os pés, se remexe na cadeira.
Não consegue ficar sentado quando deveria.
Sente uma agitação interna, uma impaciência.
Fala demais.
Tem dificuldade em esperar a vez.
Interrompe os outros o tempo todo, se intromete em conversas ou brincadeiras.
É impulsivo em situações sociais ou no trabalho.
Curiosidade:
Em adultos e adolescentes, a hiperatividade nem sempre é visível. Às vezes, a pessoa sente uma inquietação "por dentro", o que exige que o profissional seja bem atento na hora de conversar.
Existem mais regras:

Além dos sintomas, o DSM-5 tem outros pontos cruciais para fechar o diagnóstico:
Os sintomas precisam ter começado antes dos 12 anos, mesmo que só tenham sido percebidos ou diagnosticados mais tarde.
Os problemas têm que aparecer em pelo menos dois ambientes diferentes, tipo em casa, na escola, no trabalho ou com os amigos. Isso mostra que o TDAH afeta diversas áreas da vida.
Tem que haver provas claras de que o TDAH está atrapalhando a vida social, acadêmica ou profissional da pessoa.
Os sintomas não podem ser causados por outras condições de saúde mental (como esquizofrenia, depressão grave, transtornos de personalidade) ou pelo uso de substâncias.
Existem "tipos" de TDAH
Para ajudar no tratamento, o TDAH pode ser dividido em três tipos, dependendo de quais sintomas são mais fortes:
Quando a pessoa tem tanto sintomas de desatenção quanto de hiperatividade-impulsividade, dizemos que o tipo é Combinado.
Quando a dificuldade principal é a desatenção, sem tanta hiperatividade, dizemos que o tipo é Predominantemente Desatento.
Quando os sintomas de hiperatividade e impulsividade são os mais presentes, dizemos que o tipo é Predominantemente Hiperativo/Impulsivo.
Saber o tipo de TDAH é super importante para montar o melhor plano de tratamento e as estratégias de apoio para cada pessoa!

Então, TDAH não é brincadeira!
É super importante que o diagnóstico de TDAH seja feito com muito cuidado. Não é só ver um ou outro sintoma. É preciso fazer uma avaliação completa, com conversas detalhadas, observar o comportamento, ouvir o que a escola tem a dizer (quando há necessidade) e, se for preciso, usar testes psicológicos específicos.
No consultório, muitos pacientes chegam achando que têm TDAH porque viram alguma coisa nas redes sociais ou fizeram testes online. É bom que as informações sobre saúde mental estejam mais acessíveis, mas precisamos lembrar que diagnóstico não é só ver um traço aqui ou ali. É preciso entender o contexto da vida da pessoa, como isso se manifesta ao longo do tempo e ter a análise de um profissional capacitado.
Para entender o TDAH de verdade, a gente precisa juntar o que a ciência já sabe sobre o cérebro, ouvir a história de vida de cada um e como a pessoa funciona no dia a dia. Quando o diagnóstico é feito com ética e base sólida, ele vira uma ferramenta poderosa para ajudar, e não um rótulo negativo.
Vamos juntos compartilhar conhecimento!
Contribuição de Jonatas Oliveira para este espaço.
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