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Quando há amor na responsabilidade, o cuidado não se torna um fardo.

  • Foto do escritor: Jonatas Oliveira
    Jonatas Oliveira
  • 14 de jun.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 28 de jul.


Menina de trança

Sobre o que é este post:

Responsabilidade e amorosidade na parentalidade


Formar uma família e educar filhos é um ofício diário, exigente e profundo. Não basta amar, é preciso estar presente com atenção, cuidado e uma autoridade firme, mas amorosa. É essa autoridade, exercida com afeto e coerência, que transmite segurança emocional e constrói modelos saudáveis para que as crianças e adolescentes se orientem no mundo.


Afinal, o amor, por si só, é um sentimento complexo e sofisticado. E por isso mesmo, difícil de ser plenamente compreendido por aqueles que ainda estão desenvolvendo sua identidade emocional.


Crianças e adolescentes percebem o amor menos pelas palavras e mais pelas atitudes que constroem sua rotina: presença, escuta, limites, e respeito.


Amar, de verdade, exige coragem


Pai segurando o bebê

É uma entrega que envolve riscos e incertezas. Amar é também suportar dúvidas, aceitar imperfeições, e conviver com frustrações. Toda relação afetiva traz consigo uma certa dose de dependência, desilusão e o fim inevitável de algumas idealizações, especialmente aquelas construídas em torno do “amor romântico”.


Por outro lado, amar também requer paciência, espera, e disposição constante para construir e reconstruir laços. No ambiente familiar, isso se traduz na dedicação ao cuidado cotidiano, no esforço de manter o diálogo aberto e em orientar com firmeza, mas sem autoritarismo.


O amor dos filhos nasce da experiência de serem cuidados


Garoto segurando um mapa

É na corrente silenciosa de gestos afetuosos, na escuta atenta, na presença constante e no respeito à sua condição de criança que eles aprendem a amar e a se sentirem amados.


É preciso lembrar que filhos (não adultos) não devem ser os cuidadores da família. Quando essa inversão acontece, os papéis se embaralham, e a criança assume responsabilidades que não lhe cabem.


O preço emocional disso, a longo prazo, pode ser alto e gerar culpa, exaustão e a sensação de inadequação.


Amar, portanto, também é preparar


Menina

Preparar os filhos para lidar com a ansiedade, com a frustração e com a espera. Educar é oferecer suporte, mas também é ensinar que nem tudo acontece no tempo desejado. Que limites existem, e que aprender a respeitá-los é parte do amadurecimento.


Educar é pautar, orientar, escutar. É ensinar que a vida, embora nem sempre fácil, pode ser bela quando sabemos amar com responsabilidade e quando somos amados com presença, coerência e cuidado.


O medo de falhar


Menino

Se você entende a criação de filhos como apenas "obrigação" acaba por oferecer o básico sem dar atenção às necessidades emocionais e o suporte verdadeiro para a construção de uma vida.


Se acredita que o "amor" é a única necessidade, pode cair na armadilha de não estabelecer limites, perder-se nas ausência de regras e gerar uma dependência que impede o desenvolvimento da autonomia.


Se deixar tudo a cargo de "exigências", certamente faltará com a manutenção de um vínculo saudável... e parece que a gente se depara sempre com uma chance de errar!


É necessário reconhecer que amor e responsabilidade devem caminhar juntos. E que um resgate da própria infância poderá trazer lições valiosas sobre o que não devemos repetir, no que não devemos faltar e o que podemos descartar.


Cada filho e filha exigirá algo.

Cada pai e mãe precisará reconhecer prazeres e sacrifícios nessa jornada.

Contribuição de Jonatas Oliveira para este espaço.


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