Entenda o que é uma relação Tóxica, Destrutiva e Abusiva
- Jonatas Oliveira
- 2 de jun.
- 3 min de leitura
Atualizado: 21 de jul.

Sobre o que é este post:
Relacionamentos que interferem no bem-estar e na qualidade de vida.
Quando você sabe com que tipo de comportamento está lidando, tem mais chances de sobreviver sem se culpar ou se machucar. Saberá tomar decisões coerentes com o contexto ou buscar a ajuda adequada para cada situação.

O Tóxico
Quando há comportamentos que afetam o bem-estar, mesmo que não sejam intencionais, a relação pode estar passando por uma crise. Mas esse também é um sinal de relacionamento tóxico.
É característico em relacionamentos tóxicos que as pessoas se prejudiquem, que haja excesso de ciúmes, comparações, cobranças, desrespeito e um clima desgastante.
A toxicidade da relação se revela em reclamações constantes e na insatisfação com o outro. É como se aquela relação nunca fosse boa o suficiente, mas o casal prefere permanecer sem buscar soluções.
O que fazer?
É importante que o casal observe o que já foi construído e dialogue sobre possibilidades de melhorar. Uma vez identificado que ainda há amor e desejo de permanecerem juntos, é possível encontrar soluções em tratamentos individuais das questões pessoais e também em tratamento para o casal. O importante é não permitir que o problema se agrave, principalmente se outras pessoas também estão envolvidas nesse ambiente.

O Destrutivo
Uma relação destrutiva pode ser fácil de identificar por estar causando danos significativos. Esses danos podem ser emocionais e também físicos. Quem causa o dano pode ter a intenção de ferir, mas existem casos em que o dano acontece sem que alguém imaginasse ou pudesse prever que chegaria a tal ponto.
O comportamento pode ser agressivo e notado por familiares e amigos, mas também acontecem situações que só o casal vive e isso dificulta a chegada de um apoio. O sofrimento emocional é constante e diferente daquele sentido em “crises no casamento”.
Esse tipo de relação afeta a saúde mental de quem a vive porque a pessoa tem as suas necessidades emocionais ignoradas, é desprezada e alvo de inúmeras irresponsabilidades. Há um notado desinteresse pelo outro, não há diálogos e prevalece a indiferença.
O que fazer?
Quando a rotina se transforma em dor e sofrimento tudo parece mais difícil, inclusive a saída dessa relação. Se houver um primeiro sinal de agressividade é uma opção considerar a denúncia e buscar ajuda o mais rápido possível.
O Ligue 180 é o canal mais divulgado para esses casos.
E se a situação ultrapassou os limites, mas há outras explicações para isso, como nos casos dos transtornos mentais, é possível buscar um tratamento específico.
Lembrando que a decisão por continuar na relação não precisa ser tomada por culpa, pena, medo ou qualquer outro sentimento que seja interpretado como negativo. Ninguém merece sofrer agressões enquanto busca receber e dar amor.

O Abusivo
Quem tem um comportamento abusivo está buscando o controle e o poder sobre o outro. Em um relacionamento isso significa causar sofrimento intencionalmente.
Esse sofrimento (o abuso) pode acontecer de diversas formas: fisicamente, emocionalmente, psicologicamente, verbalmente e sexualmente. A relação é tomada por dominação, humilhação, ameaças, chantagens e medo. Em casais é um terror que não se revela nos primeiros encontros, mas se implanta ao longo do tempo até alcançar níveis cada vez mais altos de abusividade.
O controle é uma forma que o abusador encontra de manter a relação: controle do que se veste, com quem sai ou fala, para onde vai, controle financeiro, etc. A ameaça é a forma de “prender” o outro na relação e muitas vezes ela vem juntamente com a agressão. E fazer a parceria se sentir inferior ou culpada por tudo é a maneira de detê-la na dependência e no castigo.
Por esse tipo de jogo ser tão malignamente articulado as pessoas sentem mais dificuldade em parar, refletir e sair. São muitos os danos.
O que fazer?
Ao perceber que a relação é perigosa, abusiva e violenta é necessário comunicar, buscar apoio, denunciar e buscar atendimento psicológico. Isso porque relações abusivas deixam traumas que são difíceis de enfrentar sem ajuda. Infelizmente as pessoas que passam por isso podem se sentir merecedoras da dor que lhes foi causada (o que não é verdade). E é no acolhimento especializado que se poderá voltar a se reconhecer e fazer escolhas em prol do próprio bem-estar outra vez.

A psicoterapia
É fundamental reconhecer os sinais de relações tóxicas, destrutivas ou abusivas e buscar apoio profissional. Nenhuma forma de sofrimento ou violência deve ser normalizada.
A psicoterapia pode ajudar a identificar esses padrões, fortalecer a autoestima e apoiar decisões mais saudáveis para a vida afetiva.
Se o amor é forçado, ele não é amor.
Contribuição de Jonatas Oliveira para este espaço.
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